Um dos principais líderes do grupo radical islâmico Hamas, Nizar Rayan, morreu nesta quinta-feira (1) em um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza junto com suas quatro mulheres e 10 de seus 12 filhos, além de dois vizinhos, no sexto dia da ofensiva israelense contra a organização terrorista, que já causou 420 vítimas fatais. Rayan, de 51 anos, é até o momento o mais alto dirigente do Hamas morto desde o início dos bombardeios. Um dia antes de falecer sob dois mísseis da Força Aérea israelense, lançados por caças F-16, ele havia previsto a vitória palestina.
Sua casa de cinco andares, localizada no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, foi completamente destruída. O cadáver decapitado de Nayan, no entanto, não estava sob os escombros, já que foi lançado para fora pela explosão, segundo testemunhas. Quinze pessoas ficaram feridas. "Foi como um terremoto", contou um vizinho.
Membro da ala mais radical do movimento islâmico, Rayan era conhecido por seu dom de orador, destacando-se pelas críticas veementes contra Israel e contra a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas, expulsa da Faixa de Gaza pelo Hamas em junho de 2007. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou nesta quinta-feira que não tem a intenção de travar "uma guerra prolongada", enquanto sua chanceler, Tzipi Livni, que se encontrou em Paris com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, rejeitou os apelos por uma trégua.
"A decisão de que a operação cumpriu com seus objetivos será tomada de acordo com as avaliações cotidianas que realizamos", declarou Livni, que rejeitou um pedido da França para que uma trégua de 48 horas seja estabelecida para que ajuda humanitária possa ser levada aos habitantes de Gaza. "Tomaremos a decisão quando chegar o momento", insistiu, acrescentando que, para suspender a ofensiva, o governo israelense precisa saber com clareza que "o Hamas compreendeu que já basta", referindo-se aos ataques com foguetes perpetrados pelos militantes do grupo contra Israel.
O Hamas, por sua vez, negou ter aceito "com condições" a proposta européia de trégua, atribuindo a informação a um comunicado falso divulgado por seu inimigos. "É um comunicado falso desprovido de qualquer veracidade. Foi propagado por partes hostis com o objetivo de semear dúvidas sobre as posições do Hamas", declarou à AFP o porta-voz do grupo, Fawzi Barhoum. "Nenhuma declaração foi feita a este respeito", indicou. Segundo os serviços de emergência de Gaza, 420 pessoas já morreram e cerca de 2.000 ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense, cujo objetivo é fazer cessar os disparos de foguetes palestinos contra seu território.
O comando militar israelense anunciou em um comunicado ter atingido cerca de 20 alvos do Hamas na noite de quarta-feira, como prédios ministeriais, um edifício do parlamento e túneis clandestinos usados para o contrabando de armas, além de locais de "fabricação de foguetes". Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira pelo jornal Haaretz aponta que 71% da população israelense é a favor da operação e apóia sua continuação.
Em Jerusalém, a polícia israelense se mobiliza para tentar manter a calma durante o que foi declarado "dia de cólera" pelo movimento islamita Hamas, informou o porta-voz da polícia. "Mobilizamos milhares de homens para vigiar Jerusalém Oriental (anexado) e cidades vizinhas a fim de manter a calma", afirmou à AFP Micky Rosenfeld. Em comunicado publicado em seu site, o Hamas apela os palestinos a irem para as ruas "em massa" após as preces de sexta-feira, partindo da esplanada das Mesquitas em Jerusalém e de "todas as mesquitas na Cisjordânia" - em protesto contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
No âmbito diplomático, a Líbia entregou ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza e seu pleno respeito por Israel e pelo Hamas. Porém, este texto ainda terá que ser emendado para ser aprovado pelos ocidentais
Sua casa de cinco andares, localizada no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, foi completamente destruída. O cadáver decapitado de Nayan, no entanto, não estava sob os escombros, já que foi lançado para fora pela explosão, segundo testemunhas. Quinze pessoas ficaram feridas. "Foi como um terremoto", contou um vizinho.
Membro da ala mais radical do movimento islâmico, Rayan era conhecido por seu dom de orador, destacando-se pelas críticas veementes contra Israel e contra a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas, expulsa da Faixa de Gaza pelo Hamas em junho de 2007. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou nesta quinta-feira que não tem a intenção de travar "uma guerra prolongada", enquanto sua chanceler, Tzipi Livni, que se encontrou em Paris com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, rejeitou os apelos por uma trégua.
"A decisão de que a operação cumpriu com seus objetivos será tomada de acordo com as avaliações cotidianas que realizamos", declarou Livni, que rejeitou um pedido da França para que uma trégua de 48 horas seja estabelecida para que ajuda humanitária possa ser levada aos habitantes de Gaza. "Tomaremos a decisão quando chegar o momento", insistiu, acrescentando que, para suspender a ofensiva, o governo israelense precisa saber com clareza que "o Hamas compreendeu que já basta", referindo-se aos ataques com foguetes perpetrados pelos militantes do grupo contra Israel.
O Hamas, por sua vez, negou ter aceito "com condições" a proposta européia de trégua, atribuindo a informação a um comunicado falso divulgado por seu inimigos. "É um comunicado falso desprovido de qualquer veracidade. Foi propagado por partes hostis com o objetivo de semear dúvidas sobre as posições do Hamas", declarou à AFP o porta-voz do grupo, Fawzi Barhoum. "Nenhuma declaração foi feita a este respeito", indicou. Segundo os serviços de emergência de Gaza, 420 pessoas já morreram e cerca de 2.000 ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense, cujo objetivo é fazer cessar os disparos de foguetes palestinos contra seu território.
O comando militar israelense anunciou em um comunicado ter atingido cerca de 20 alvos do Hamas na noite de quarta-feira, como prédios ministeriais, um edifício do parlamento e túneis clandestinos usados para o contrabando de armas, além de locais de "fabricação de foguetes". Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira pelo jornal Haaretz aponta que 71% da população israelense é a favor da operação e apóia sua continuação.
Em Jerusalém, a polícia israelense se mobiliza para tentar manter a calma durante o que foi declarado "dia de cólera" pelo movimento islamita Hamas, informou o porta-voz da polícia. "Mobilizamos milhares de homens para vigiar Jerusalém Oriental (anexado) e cidades vizinhas a fim de manter a calma", afirmou à AFP Micky Rosenfeld. Em comunicado publicado em seu site, o Hamas apela os palestinos a irem para as ruas "em massa" após as preces de sexta-feira, partindo da esplanada das Mesquitas em Jerusalém e de "todas as mesquitas na Cisjordânia" - em protesto contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
No âmbito diplomático, a Líbia entregou ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza e seu pleno respeito por Israel e pelo Hamas. Porém, este texto ainda terá que ser emendado para ser aprovado pelos ocidentais
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