sábado, 17 de janeiro de 2009

Vícios ao volante

Todo brasileiro é apaixonado por carro. Eu, por exemplo, me encaixo perfeitamente nesta descrição. Então, para que seu amigo de quatro rodas dure mais tempo e rode sempre bem sem incomodar com visitas à oficina, aqui vão algumas dicas de vícios comuns que temos ao voltante e que, se evitados, aumentarão a vida útil das peças do seu automóvel.

EMBREAGEM
Muitos brasileiros deixam o pé apoiado sobre o pedal da embreagem enquanto dirigem. É um dos vícios mais comuns e difícil de ser superado. As alavancas desse sistema são responsáveis por multiplicar de 8 para 400 quilos o peso aplicado sobre o pedal e separar o disco de embreagem do platô. O pé constantemente apoiado sobre o pedal acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos em até 40%.

MÃO NA ALAVANCA
Dirigir com a mão pesando sobre a alavanca de marchas força o trambulador (peça fundamental na ligação entre o câmbio e as engrenagens da transmissão) e seus terminais, que podem desgastar-se excessivamente.

QUEBRA-MOLAS
Outro mau hábito é o de passar em uma lombada transversalmente (cada roda de uma vez). Essa prática pode danificar as buchas da suspensão, amortecedores e rolamentos. Além disso, provoca maior torção da carroceria, o que pode empenar o monobloco.

BANGUELA
Na ânsia por economizar, alguns motoristas deixam o carro em ponto morto nas descidas. Nos veículos que têm injeção eletrônica, essa prática aumenta o consumo, além de sobrecarregar o sistema de freios, que não poderá contar com o freio motor para auxiliá-lo.

PEGAR NO TRANCO
Deve ser evitado em carros com injeção eletrônica, pois, se a bateria estiver arriada, a central eletrônica não funcionará com menos de 8 volts. Nesse caso, mesmo que o motor funcione, há ainda o risco da correia dentada não suportar o tranco e “pular alguns dentes”, quebrando a harmonia de funcionamento do motor e criando o sério risco de empenar as válvulas. Nesse caso, o prejuízo é grande, pois o motor terá que ser aberto em sua parte superior.

Outro problema decorrente deste hábito é que o combustível não queimado que descer pelo coletor de escape pode danificar de forma irreversível o catalisador (os mais baratos custam cerca de R$ 400). Por fim, se for fazer a famosa “chupeta” (ligar uma bateria em bom estado na descarregada), tome cuidado para não inverter os pólos. Isso poderia queimar a central eletrônica, que custa mais de R$ 1.000,00.

ÚLTIMA ACELERADA
Motoristas que têm esse hábito antes de desligar o carro não sabem que isso só serve para desperdiçar gasolina e aumentar as chances de danificar o motor. Isso porque o combustível não queimado irá “lavar” o óleo das paredes do cilindro do motor. Quando ligar o carro novamente, anéis e pistão vão funcionar, por alguns instantes, sem lubrificação e desgastar mais rápido.

BRAÇO NA JANELA
Além do perigo de não conseguir fazer uma manobra de emergência, pode custar uma multa bem cara (e merecida) e perda de quatro pontos no prontuário.

NÃO ESQUENTE
Veículos mais novos, que têm injeção eletrônica, não precisam ser aquecidos antes de entrar em movimento. O sistema programa a lubrificação e a mistura ar/combustível. Além disso, a maior eficiência da bomba de óleo e de gasolina proporcionam o desempenho adequado mesmo com o motor frio.

ESTACIONAMENTO
Apoiar o pneu no passeio faz com que ele sofra a pressão do peso do veículo. Isso pode gerar uma deformação na estrutura, alterar a capacidade de resistência e uniformidade do pneu, além de afetar as condições de balanceamento do conjunto rodas/pneus.

ENCHENTESPassar por trechos alagados pode ser bastante oneroso para o proprietário do carro, caso o motor aspire água em vez de ar, provocando o calço hidráulico: como o pistão recebe água, que não se comprime, pode travar o motor e entortar as bielas, danificando-as seriamente. Evite passar por locais alagados quando a água ultrapassar a metade da roda.



CUIDE BEM DO SEU CARRO, QUE ELE VAI CUIDAR BEM DE VOCÊ !

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