No começo da década de 70 a diversão nos EUA tinha uma receita bem simples.
Primeiro um motor com oito cilindros em V. Depois muitas polegadas cúbicas como recheio. Válvulas e comandos sob medida fazem parte da cobertura. A “cereja”, por fim é um carburador de corpo quádruplo. Voilá! Detroit criou um muscle car e a América toda saboreou até o último pedaço, ou melhor, até a última gota de gasolina no tanque.
Brincadeiras à parte, falar de “big blocks” – e fotografá-los – é uma tarefa realmente divertida. O leitor já pôde conferir no blog algumas máquinas quentes e agora terá a oportunidade de conhecer outro representante pra lá de nervoso: o Dodge Challenger R/T 1971.
Afivele o cinto e embarque nessa. Uma das características deste carro – assim como o exemplar 1970 de duas semanas atrás – é sua carroceria, conhecida popularmente como coke bottle. As linhas cheias de más intenções conquistaram fãs no mundo todo. O clássico ainda está equipado com belas rodas Cragar e esbanja estilo com as faixas pretas que correm pelas laterais.
Agora repare bem no capô. Esse era o motivo que fazia a molecada tremer nas bases e as garotas aceitarem um convite até o drive-in. Tremer, literalmente.
O Challenger é equipado com um motor de 440 polegadas cúbicas. São 7,2 litros e furiosos 390 cv brutos. O charme se completa com o Six Pack, que consiste em três carburadores duplos debaixo do Shaker, essa grande peça preta que rasga o capô, prontos para injetar combustível, adrenalina e fazer a vida valer a pena. O opcional podia ser adquirido na época por aproximadamente US$ 97. Mais do que desempenho a idéia principal era justamente chamar atenção. Imagine o efeito moral de acelerar o bólido no semáforo, enquanto se aguarda a luz verde. O Shaker balança – como o leitor confere no vídeo – e inspira respeito. É uma mensagem muito clara de poder. Antes de terminar, deixo um agradecimento ao funcionário responsável pela manutenção da máquina, Paulo Teixeira, e ao seu xará Paulo, o mecânico que deixa o big block girando redondo.
Olá Rafael,
ResponderExcluirFavor colocar os devidos créditos para a matéria.
Texto e fotos: Renato Bellote
Obrigado.