Até o aniversário de Sorocaba, no dia 15 de agosto, a região central deverá estar com novo projeto de piso em substituição ao atual que, nos últimos cinco anos, derrubou muita gente, principalmente em dias de chuva. A expectativa é do prefeito Vitor Lippi (PSDB), que assinou quinta-feira o decreto que cria a comissão que vai encontrar soluções para a substituição de todo o piso da área central, inclusive da Praça Coronel Fernando prestes , a Praça do Tombo. Os trabalhos da comissão começam em julho e têm prazo de 90 dias para serem concluídos, porém, o prefeito espera que em 45 dias o grupo apresente o novo projeto técnico, inclusive a previsão de gasto com a reforma.
O decreto que cria a comissão foi publicado na edição de ontem do jornal ‘Município de Sorocaba. O grupo é formado por representantes do poder público e de entidades da sociedade civil, que desenvolverá o projeto para substituir o piso. Segundo o prefeito, essa ação está determinada no planejamento estratégico do governo municipal. São mais de 40 mil metros quadrados de piso em porcelanato instalado em 2003 e que custaram aos cofres públicos cerca de R$ 10 milhões, pagos a uma empresa do Nordeste.
Ao longo dos último cinco anos, a administração pública resistiu às reclamações dos sorocabanos e ao fato de que o piso da área central é inadequado para os pedestres, principalmente quando está molhado. A revitalização do centro foi feita em 2003 pelo então prefeito Renato Amary (PSDB), que a inaugurou em 11 de outubro daquele ano. De lá para cá, as notícias de quedas de pedestres nas calçadas de cerâmica são comuns. O caso mais recente ocorreu quarta-feira, quando a aposentada Maria de Jesus dos Santos, 58 anos, escorregou na ‘Praça do Tombo. Ela caiu, bateu o rosto no chão, sofreu escoriações e desmaiou.
Integrantes da comissão
Fazem parte da comissão: os vereadores Francisco Moko Yabiku (PSDB) e Anselmo Rolim Neto (PP); da Secretaria de Habitação e Urbanismo, o arquiteto Amilton Nery Silvério; da Secretaria de Obras e Infraestrutura Urbana, o engenheiro José Carlos Comitre; da Secretaria de Transportes, o engenheiro Carlos Augusto Lawal; da Associação Comercial de Sorocaba, Braz Cassiolato; do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, o engenheiro José Nelson Carneiro do Val; da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba, o arquiteto Alberto Streb e o engenheiro José Carlos Carneiro; doConselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência de Sorocaba, Carlos Botelho; da Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais, Edmar Carvalho Júnior; da Associação Sorocabana de Imprensa, Sandra Vergilli; do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico de Sorocaba, o arquiteto Maria Inês Deluno; do Instituto dos Arquitetos do Brasil - Núcleo Sorocaba, o arquiteto Mussi Stefan; do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, o engenheiro Valdir Paezani; e da Sociedade Civil, Adalberto Nascimento.
Histórico
No momento da inauguração, quando o ex-prefeito Renato Amary - atual deputado federal pelo PSDB -, discursava, dizendo que a chuva veio para abençoar a obra e a cidade mais uma vez, o desenhista Marcos Faustino era vítima do primeiro escorregão. Ele reclamou e criticou o piso. Algumas pessoas elogiaram a beleza da revitalização. Contudo, no dia 9 de dezembro daquele ano, a funcionária pública Luíza Maria Genito Fonseca escorregou na praça, caiu e fraturou o fêmur. Foi levada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional e transferida depois para a Santa Casa.
Em razão desse acidente, o Ministério Público abriu processo investigativo com o objetivo de verificar as condições de acessibilidade a deficientes e idosos na área central. Houve até perícia do material por parte do MP. As quedas tornavam-se cada vez mais comuns, obrigando o então secretário municipal de Edificações e Urbanismo, José Antônio Bolina, a colar em rampas e trechos em declive fitas adesivas antiderrapantes. Não obtendo muito sucesso, pois as quedas continuavam, as fitas foram removidas, até que em 2007, a administração Lippi tentou solucionar o problema, por meio de um processo de decapagem química para aumentar o índice de aderência do piso. A medida, porém, não surtiu o efeito desejado. Agora, o prefeito aposta no trabalho da comissão.
E vamos gastar mais dinheiro!!!
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