Recebi por email de um amigo, uma mensagem que aparentemente é uma transcrição de uma coluna do Jornal do Comércio do dia 12/08/2009 escrita pelo jornalista Fernando Albrecht. Não costumo fazer isso, mas achei tão interessante o curto textinho do Sr. Albrecht que me vi tentado a reproduzí-lo aqui - com os devidos créditos é claro. Diz ele o seguinte :
"Na época dos governos militares, podíamos acelerar nossos Mavericks acima dos 120km/h sem a delação dos radares, mas não podíamos falar mal do presidente. Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, mas não podíamos falar mal do presidente. Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças ("ei negão"), credos ("esse crente aí") ou preferências sexuais ("fala, sua bicha") e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente.
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente.
Cantávamos a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio, mas não podia falar mal do presidente...
Hoje, a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente!
Que grande merda!"
É, que grande merda !
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