A cidade dos Mortos
Logo que subia ao trono, o novo rei ordenava a um arquiteto que começasse imediatamente a construção de seu túmulo.
A terra dos mortos ficaria a oeste, onde o sol se põe. A pirâmide devia estar alinhada com a estrela polar do norte. Um sacerdote observaria num cercado a posição da estrela quando ela surgia acima do muro e quando ela se põem atrás do muro. Dividido ao meio o ângulo entre ele e ao pontos do nascimento e do acaso da estrela, estabelecendo o norte com exatidão.
Depois da escolha do local, eram escolhidos os funcionários para trabalhar na pirâmide. Em cada dez homens, 1 era convocado para o trabalho. Eles eram pagos com alimentos, cerveja, óleo e linho.
Esses operários arrastavam os enormes blocos de pedra, que chegavam a pesar 3 toneladas cada um. Também incluíam fiscais, operários que trabalhavam com metais, pedreiros, carpinteiro, além dos pintores e escultores, que decoravam os templos.
Para contarem as pedras, eles abriam uma finda estreita com cunhas de madeira fixando-a com um macete e encharcando-a com água, dilatando a madeira e separando a rocha.
Festa dos Mortos
Poucos egípcios realizavam oferendas cotidianas a seus mortos. Eram ocasiões alegres, onde as pessoas iam aos túmulos dos parentes e faziam piqueniques, convidando os espíritos a participar. Em Tebas, a grande celebração era a festa do Vale.
A Construção das Pirâmides
A partir da IV dinastia, todas as pirâmides foram construídas com faces lisas. Os textos das Pirâmides prometiam ao rei que raios de sol seriam estendidos para que, subi-se por eles até se encontrar com Rá.
Talvez essas rampas simbolizassem os raios solares.
Os egípcios não possuíam guindastes, para construir as pirâmides erguiam uma rampa e arrastavam os blocos de pedra para cima em trenós.
Algumas das ruínas de construções inacabadas mostram as rampas que eram construídas em direção reta. De acordo com a necessidade da construção, a rampa era construída mais longa ou mais alta.
O templo mortuário era construído encostado à pirâmide, onde os sacerdotes faziam oferendas ao espírito do rei todos os dias.
A rainha também possuía uma pirâmide que era construída separadamente e era bem menor que a do seu rei.
Os pertences dos reis eram enterrados numa câmara debaixo da pirâmide.
A maioria das pirâmides eram construídas de calcário, que era extraído perto do local. Para o polimento final, utilizavam calcário branco vindo da Turá.
Depois que a pirâmide alcançava a altura desejada, eram colocadas as pedras de revestimento, começando pelo topo, onde ficava uma torre em forma de pirâmide. Os encaixes eram tão perfeitos que que não passava nem uma faca entre eles. A pirâmide de Quéfren é a única que ainda possui no seu topo parte do revestimento.
Sepultura dos Barcos
Muitos reis tinham um ou mais barcos enterrados perto de suas pirâmides. Os maiores barcos encontrados até hoje no Egito, foram o do rei Quéops, que estão em bom estado de conservação. Um está exposto num museu ao lado da pirâmide de Gizé e o outro ainda se encontra enterrado.
Obeliscos
Os obeliscos ficavam do lado de fora dos templos e representavam o benben, símbolo sagrado do sol. Tinham pequenas pirâmides no topo, quase sempre revestidas de ouro. Quando o sol iluminava a pirâmide, o deus entrava em seu templo.
A Cerimônia de Fundação
O rei acompanhado por uma sacerdotisa vestida como a deusa Sechat, marcavam um contorno com postes de madeira ligados por cordas.
Em épocas posteriores, esse ritual era realizado para o início da construção de templos.
O Fim da Construção
Os templos e os túmulos eram construídos ao mesmo tempo. A proporção que as paredes eram erguidas, os operários enchiam o interior de areia para que os blocos ficassem bem assentados. Depois que toda pirâmide estava pronta, a areia era removida. Os entalhos e a pintura eram feitos usando a areia como andaime. As colunas de pedra seguravam os telhados dos templos e colunatas. Também eram construídas estátuas do rei colocadas no vale ou em seus templos mortuários.
Os egípcios davam muita importância pirâmides, porque elas faziam com que se sentissem importantes e mágicos. A pirâmide é uma rampa para o céu, mas também representava uma colina que foi a primeira terra. Outrora o mundo era coberto de água e, então surgiu uma colina. O deus-sol ficou em pé sobre está colina para cria o mundo. Além disso, a pirâmide é o benben a pedra consagrada a Rá, que caiu do céu. Todos esses lugares considerados mágicos para os egípcios é excelente para um espírito renascer no outro mundo.
Dentro de um Túmulo
Os túmulos do Vale dos Reis variavam em tamanho e traçado. A entrada do túmulo era lacrada para toda a eternidade. Um poço servia como obstáculo para ladrões e curiosos, com as raras tempestades, o poço escova a água da chuva. Todo o túmulo tinha vestíbulos e câmaras laterais, além das câmara mortuária. Todas as paredes eram cobertas de baixo relevo mostrando o curso do Sol no Além. Com os raios solares, o rei renascia todos os dias.
Os homens que contruiam seus túmulos reais no Vale dos Reis moravam no povoado de Deir el-Medina na margem ocidental de Tebas. Esses túmulos eram construídos acima do povoado nos rochedos perto do local. Em cima do telhado, eram esculpida uma mini-pirâmide.
Múmias
Os egípcios acreditavam na vida após a morte, mas se quisessem gozar o outro mundo, seus corpos teriam de sobreviver. A técnica de preservar corpos é chamada de embalsamente.
Os embalsamadores eram bastante habilidosos. Pra se preparar um corpo, levava-se setenta dias.
Os embalsadores primeiramente removiam o cérebro. Depois faziam uma incisão no lado esquerdo e tiravam o fígado, pulmões, estômago e os intestinos, que eram preservados em natrão e resina, e depois colocadas em canopos, que tinham cabeças de deuses guardiões.
Depois ficavam num banho embalsamador e coberto por natrão durante 40 dias, eliminando os fluídos do corpo do morto. Depois era lavado e esfregado com óleo e ervas. O inteiro era recheado com resina e natrão, envolvido em panos de linhos. Seu rosto era pintado para parecer natural, e o cabelo arrumado.
Para enfaixar o corpo, primeiro enrolavam os dedos dos pés e das mãos, as pernas e os braços eram enrolados separadamente, depois se envolviam todas as partes do corpo. Após todos esses preparos a múmia era colocada em um caixão de madeira.
Os sacerdotes faziam orações para ajudar o morto em sua viagem ao outro mundo. O chefe dos embalsamadores, abençoam a múmia depois de pronta.
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