segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

"Nenhum homem foi verdadeiramente autoridade, nem trouxe qualquer benefício a outrem por sê-lo". (Kierkegaard)



"Todo o homem tem em si um ditador e um anarquista." (Paul Valéry) "O anarquista maldiz de todos os governos de que não partilha as vantagens." (Marquês de Maricá)
"Errar é humano. Culpar outra pessoa é política." Não sei quem foi esse "juntador" de palavras.
Leio, ouço, vejo. Muita coisa. E procuro tirar minhas próprias conclusões. Gosto muito da definição do Paulo Leminski sobre política e que escrevi em algum lugar desse blog, mas especialmente de uma definição que eu assiti do Bob Marley e que pode ser vista no youtube fácil, fácil e eu vou tentar traduzir aqui pra gente... Ele começa falando até meio que sério, nos moldes da nossa forma de pensar cartesiana e tal, depois fica irônico (?) e acho que era seu objetivo final ao tratar desse tópico, mas na realidade ele não tá sendo irônico, é que na cultura rastafari, achar um rastafari seria o mesmo que "se encontrar", "encontrar paz na sua cabeça", "o seu principe da paz"...(encontrar a si próprio, um Deus interior, ou até mesmo uma espécie pai de santo rasta, sei lá, depende da região da Jamaica). O termo rasta, por exemplo, quer dizer "príncipe" ou "cabeça" e tafari é "da paz". É complicado o bagulho. Pra gente que complica. Mas vou direto nas suas palavras sobre "política". É que ele fala de muita coisa lá. Tô com preguiça e de saco cheio: "A política só serve para dividir o povo. É uma bobagem, pois faz o povo confiar em um homem, que não pode fazer nada por nós. Se você não tiver sua vida, você não tem nada. Por isso até os políticos devem achar um rastafari". (Bob Marley)
Sei que a gente vive imerso nesse mundo de política e tal. E não tô numas de ofender ninguém. E muito menos de agradar alguém. Não preciso disso. Graças a Deus? Pode ser também, mas não sei. A mim mesmo: talvez.
Mas ao mesmo tempo penso que não querer falar "sobre" pode também ser um ato. Político. Ou não. Depende. Uma peça teatral, por exemplo, pode trazer mais reflexão política que muito discurso elaborado pelo assessor, por exemplo, nas folhas ou pelo próprio gogó do político, de improviso. Ou uma canção que te toca? O culhão, o coração. E você se toca de tanta coisa, né, cara? E te ajuda a tocar a vida adiante, com menos rancor, com um pouco de amor até, mesmo sendo dor. Sem te impor. Nada. E isso é o mais importante. Ou um poema do Paulo Leminski? Ou não? Ou sim. Pra mim.

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