O ministro de Relações de Negócios da Islândia, Bjorgvin Sigurdsson, renunciou neste domingo ao cargo, após o aumento dos protestos contra a atual situação econômica do país --um dos mais castigados pela crise financeira global.
Três meses atrás, a Islândia teve um colapso em seu sistema bancário o que possui maior representação do PIB (Produto Interno Bruto) do país e do mercado acionário local. Ele justificou a renúncia pelo fato de, neste meio tempo, não ter conseguido restaurar a confiança no país depois do colapso.
Ao longo desse período, a capital Reykjavík foi palco de manifestações constantes contra o governo e sua atuação na crise. Ontem, a manifestação foi maior do que a média, com cerca de 7.000 pessoas protestando em frente ao Parlamento.
Em sua carta de demissão, Sigurdsson disse que depois da quebra do sistema financeiro do país, ele tentou fazer o governo conseguir retomar a confiança para reconstruir as finanças públicas. Porém, disse ele, a missão não deu resultado positivo --e por isso preferiu sair para facilitar a reconstrução da confiança da população no governo.
Oficialmente, Sigurdsson tem direito a receber salário por alguns meses após a saída, mas ele informou que não irá aceitar o dinheiro.
A saída do ministro complica um pouco mais a vida do primeiro-ministro do país, Geir Haarde, que sofre pressões para também deixar o cargo. Na sexta-feira ele antecipou as eleições gerais para maio deste ano e disse que não concorreria à reeleição porque está com um tumor maligno no esôfago, mas a população demonstrou na manifestação de ontem que isso não era suficiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário