Lugares votados ao abandono, última morada antes do esquecimento e da poeira.
Os vivos que os enterraram também já partiram, pelo que os túmulos deixaram de ter qualquer função memorial.
Os mortos a enterrarem os seus mortos.
Em Sillom - artéria comercial da capital - ainda há dois ou três destes locais escapados ao camartelo e à sanha das empresas imobiliárias. São cemitérios cristãos, chineses e farsis, os únicos existentes na Tailândia budista que crema os seus mortos.
Histórias mudas de comunidades migrantes, gente que nesta terra fez fortuna e se impôs. Depois, o silêncio guardado por matilhas de ferozes cães que fizeram das cidades dos mortos o seu reduto na selva da grande cidade de betão.
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